
A temporada de 2025 tem sido repleta de desafios para o Bahia, principalmente no setor defensivo. Desde já, um dos maiores problemas enfrentados por Rogério Ceni é a constante mudança na dupla de zaga. Com dez formações diferentes em apenas 25 partidas, a falta de continuidade prejudica diretamente o rendimento da equipe, especialmente no Campeonato Brasileiro.
Sequência de mudanças preocupa comissão técnica
Antes de mais nada, é importante destacar que as sucessivas trocas não são uma escolha técnica, mas sim uma necessidade. As lesões de jogadores como Kanu e Gabriel Xavier obrigaram o treinador a buscar alternativas em praticamente todos os jogos. Consequentemente, o setor defensivo perdeu entrosamento, fator essencial para a consistência de qualquer time competitivo.
Além disso, em partidas onde o time entrou com três zagueiros, um deles atuou improvisado na lateral, dificultando ainda mais a estabilidade do sistema.
Jovens ganham espaço, mas instabilidade persiste
Por outro lado, as ausências abriram espaço para jovens promessas da base, como Fredi. O zagueiro, de apenas 18 anos, vem demonstrando personalidade e bom toque de bola. No entanto, como era de se esperar, a falta de experiência tem impacto direto em jogos de alto nível, como o duelo contra o Cruzeiro, em que o time foi derrotado por 3 a 0.
Apesar do revés, Rogério Ceni fez questão de defender o atleta. Segundo ele, a falha foi coletiva e não individual, e Fredi deverá receber novas oportunidades enquanto os titulares seguem fora.
Lesões comprometem desempenho coletivo
Entretanto, o momento em que essas lesões ocorrem não poderia ser pior. À medida que o Bahia passou a enfrentar adversários mais qualificados, a fragilidade defensiva ficou ainda mais evidente. Como resultado, o Tricolor tem sofrido gols com frequência e perdeu pontos importantes no Brasileirão.
Só para ilustrar, em quatro partidas da Série A, a equipe sofreu sete gols e ainda não venceu. Claramente, a oscilação no setor defensivo contribui para a dificuldade em conquistar resultados positivos.
Estatísticas revelam queda de rendimento
De acordo com os números, o Bahia tem se saído muito pior contra equipes da elite. Contra times da Série A, foram 11 gols sofridos em nove jogos (média de 1,2). Por outro lado, contra adversários de menor expressão, foram apenas seis gols em 16 partidas (média de 0,37). Ou seja, o desempenho defensivo despenca quando o nível dos rivais aumenta.
Rogério Ceni busca soluções com elenco reduzido
Diante desse cenário, Rogério Ceni conta hoje com poucas opções: Ramos Mingo, David Duarte, Rezende e Fredi. Como se não bastasse, Rezende é volante de origem, mas tem sido utilizado como zagueiro ou lateral-esquerdo durante boa parte da temporada.
Nesse sentido, o treinador precisará encontrar soluções criativas para lidar com a limitação de peças e, ao mesmo tempo, evitar maiores prejuízos defensivos nos próximos compromissos.
Expectativa por reforços e recuperação de lesionados
Felizmente, há uma perspectiva positiva em relação à recuperação de Gabriel Xavier, que deve voltar dentro de duas a três semanas. Em contrapartida, Kanu passou por cirurgia e não deve retornar tão cedo. Por isso, é possível que a diretoria do Bahia vá ao mercado em busca de reforços na próxima janela.
Enquanto isso, será essencial investir em treinamentos táticos e posicionamento para melhorar o desempenho do setor com os jogadores disponíveis.